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Foguinho

A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. Provérbios 15:1

Era o primeiro dia de aula, e Eduardo estava apavorado.

A família dele tinha acabado de mudar-se para aquela cidade por causa do trabalho de seu pai, e ele não tinha amigos. Caminhou lentamente pelo pátio da escola antes do início das aulas, esperando que ninguém o notasse.

Um grupo de meninos estava conversando perto da quadra de basquete. Um deles disse algo e apontou para Eduardo. Os outros olharam, começaram a rir e caminharam na direção dele.

– Ei, Foguinho! – disse um deles. – Para onde você vai?

– Para onde você acha, seu estúpido? – disparou Eduardo. – E não me chame de Foguinho.

– Tente impedir-nos! – desafiou o garoto mais alto.

– Foguinho, Foguinho! – disseram em coro os demais. – O Foguinho quer briga!

– Se vocês não pararem, vou bater! – disse Eduardo, colocando de lado sua lancheira e mostrando os punhos.

– Vá em frente, Foguinho! – riu o menino mais alto.

– OK, meninos! Acabem com isso! – ordenou uma professora. – Já vai tocar a sineta. Coloquem-se em fila.

Eduardo sentiu-se arrasado a manhã inteira. Os meninos continuavam mostrando os punhos para ele, e as garotas o olhavam e davam risadinhas. Ele era o único aluno da escola com cabelo ruivo e sardas, e queria sumir por algum buraco no chão.

“Não quero brigar com ninguém”, pensou Eduardo durante a aula de matemática. “Quero ser amigo, mas não gosto de ser chamado de Foguinho. Eles não me deram chance.”

Nesse momento, Eduardo lembrou-se de algo que sua professora da Escola Sabatina dissera. “É fácil começar uma briga, mas é igualmente fácil evitá-la. Podemos escolher ser bondosos quando as pessoas são rudes. Podemos escolher usar palavras gentis em lugar de palavras duras.”

“Vou tentar”, decidiu Eduardo. E no recreio teve sua oportunidade.

– Foguinho! Foguinho! – Um daqueles meninos começou a mexer com ele de novo.

Eduardo sorriu e disse:

– Dou graças porque meu cabelo não é verde nem roxo!

– Daí seria esquisito mesmo! Quer jogar bola com a gente? – riu o outro menino.

– Claro! – disse Eduardo.

Mantendo a Amizade

Se você consegue encarar a zombaria com bom humor, descobrirá que logo os outros vão gostar de você. Escolha palavras simpáticas em lugar de palavras hostis.